31 de julho de 2011

LINHAS DE UMA VIDA


uma alma, só uma alma,

num pingo de um então,
entroncada em calma e cerzindo os agoras,
cabisbaixa o ego esta alma, nessa horas,
quando perdida se sente num mundo atada,
num mundo atado de nós cegos,
atormentada de sossego e deitada em pregos
não vê o passado, não vê o presente,
só o hoje, só o hoje,
e por vezes foge com pernas chumbadas
em nulas coordenadas,
por vezes desperta, sonha,
por vezes desperta de sonhos,
confusa de confusão,
obtusa de dogmas,
contusa de regras,
reclusa de normas,
oclusa de ideias é um espelho esta alma,
barrada em vírgulas reflectidas de pontos,
sem entendimento, sem entendimento,
não se entende, e não se entende,
o que que quer? o que não quer?
não sabe o que sabe, mas, curioso!,
sabe o que não sabe.
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